domingo, 22 de dezembro de 2013

GARI FELIZ DE SOROCABA

Cícero, o gari feliz que já varreu Sorocaba inteira
Ele limpa, por dia, cerca de dez quilômetros de guias e sarjetas
"Viver! E não ter a vergonha de ser feliz. Cantar e cantar e cantar a beleza de ser um eterno aprendiz". O verso da música Eterno Aprendiz, de Gonzaguinha, sintetiza o estilo alegre de seu Cícero. Ritmo que poderia embalar também a história, rotina e vida do gari, tão pernambucano quanto o pai do autor da canção.
O segredo está no tecido grosso do uniforme, composto por calça, camiseta e chapéu, que apesar de ser verde e laranja florescente - justamente para que ele seja visto -, o protege como uma cápsula mágica, não apenas do sol. A vassoura, a pá, o contêiner e o cone sinalizador, que ele arrasta para cá e para lá, completam a armadura e impede, culturalmente, que as pessoas se aproximem.
O que faz dele quase um soldadinho à pilha da limpeza e varrição urbana de Sorocaba. Todos o vêem, poucos o enxergam. "Às vezes, mesmo com o cone sinalizador, os carros passam raspando na gente", alfineta. Mas ali, em sua cápsula particular, ele canta sozinho, para Deus ouvir: "Eu fico com a pureza da resposta das crianças. É a vida, é bonita e é bonita", sempre sorrindo, mas para o asfalto, claro.
E cantarolando, às segundas, quartas e sextas-feiras, ele parte sempre às 7h da Rodoviária de Sorocaba e varre até o cruzamento da avenida Armando Pannunzio com a rodovia Raposo Tavares, quando chega às 15h30. Às terças, quintas-feiras e sábados, ele segue, no mesmo período, da Universidade Paulista (Unip), na avenida Independência, até o final da avenida Américo Figueiredo, entrada do Júlio de Mesquita Filho.
Trajetos compostos, em média, por 10 quilômetros de guias e sarjetas. Logo, em seis dias na semana, ele varre cerca de 60 km; ao mês, 240; e no ano, exceto o mês de férias, cerca de 2.640 quilômetros. E como já são sete anos de varrição - desde que ingressou na Litucera, responsável pela limpeza urbana da cidade -, seu Cícero já somou mais de 18 mil quilômetros varridos. É como se quase contornasse, com a vassoura, o Brasil de 22.182 quilômetros limites.
Apesar de cansativo, principalmente nos dias quentes, o ofício não lhe impediu de observar as belezas dos percursos. Tanto que, lá pelas 10h, quando ele passa na avenida Engenheiro Carlos Reinaldo Mendes, no Alto da Boa Vista, sempre para para observar os prédios dos quatro poderes.
"Às vezes fico pensando como será lá dentro dos jornais", assume a curiosidade. E olhando o Jardim do Paço, enxerga paisagem. "Acho lindo, aquelas flores, o lago, o sol", detalha. O trabalho também lhe permitiu dar razão a um ditado criado por peritos da Polícia Científica: por meio do lixo é possível conhecer os hábitos de uma pessoa.
No caso de seu Cícero, o lixo permitiu-lhe perceber o costume esquisito que o sorocabano tem de jogar lixo no chão. Todo dia ele recolhe um contêiner cheio de cigarros, bitucas, latinhas de alumínio, papéis de balas, embalagens plásticas, folhas e poeira espalhada por veículos. No dia seguinte a domingos e feriados, as bitucas e latinhas são as campeãs nas ruas. Já entre o Natal e Ano Novo, aparece de tudo no chão.
"O povo joga mesmo. Saem das baladas e jogam o lixo na rua". Ao todo são 180 toneladas de lixo ao mês, recolhidas pelos 230 garis encarregados da varrição na cidade, e encaminhadas ao Aterro Sanitário, já que a maioria do material recolhido não pode ser reciclada. Isso sem contar os resíduos lançados às vias que lhe escampam aos olhos, mas não escapam da rede de esgoto.
O que favorece a ocorrência de enchentes, principalmente no verão, quando chove bastante na cidade. "Só quando chove é que as pessoas lembram-se do lixo", lamenta. Porém, é no lixo também que ele encontra vestígios das relações humanas, como desatenção, furto ou corações partidos. É que seu Cícero já encontrou muitos celulares, dinheiro e até alianças de ouro.
Assim que ele às vezes reforça o orçamento de R$ 1.200. Salário pago somente aos líderes de equipes, como ele. "Acho que as mulheres são mais passionais. Com raiva, jogam tudo pelas janelas dos carros", arrisca ao se lembrar da aliança que achou há alguns anos, e que tinha um nome masculino, o que o levou a crer que pertencia a uma mulher magoada.
Aliança que dona Rosa Porangaba dos Santos, de 63 anos, tratou de colocar na mão esquerda e selar a união de 20 anos com seu Cícero Germano de Oliveira, de 57. Relação que eles têm desde que se conheceram num forró, na zona norte de Sorocaba. "Nos conhecemos numa semana, na outra já morávamos juntos", conta com orgulho a esposa aposentada, mãe de sete filhos, frutos de relacionamentos anteriores a seu Cícero que, por sua vez, não teve herdeiros.
"Mas eu tenho os filhos dela, que ajudei a criar. Aliás, os dois netos dela são meus também, meus bebês, que tanto amo e felizmente moram conosco", emenda ele. Pois é, quando não está com a armadura de gari, seu Cícero é pai e avô. E as marcas profundas na pele sofrida reforçam a posição familiar do patriarca.
Ele garante que passa protetor solar diariamente (fruto do próprio investimento, ressalta), de olho na futura aposentadoria saudável. Mas ainda assim, a maioria das marcas foi cravada com a expressão de quem não enxerga. Os óculos de armação antiga são eficazes ao esconder o olho esquerdo, cego há quase 20 anos, de quando ele trabalhava num lava-rápido sorocabano.
Mas nem o acidente de trabalho e nem a morte do pai - seu Manoel Germano, vítima de um infarto fulminante, há cinco anos, ao ver o corpo do filho mais velho, Antônio, um policial militar assassinado quando trabalhava na violenta Pernambuco -, o fizeram perder o jeitão de moleque forrozeiro. Estilo adquirido pelos 17 anos em que residiu na terra natal, Garanhuns (PE), antes de seguir para São Paulo em busca de uma vida melhor, ao lado de José, um dos quatro irmãos.
"Tudo depende de como você vê. Eu procuro sempre o lado positivo. Penso que quem vê a vida assim, sempre tem flores para observar no caminho", ensina. Tanto que ele garante que apesar da vida difícil, agradece todos os dias pelas conquistas que também coleciona. "E não é verdade? Veja só, de tanto espiar o jornal, quando passo varrendo, virei notícia", comemora ele, que espanta seus males cantando: "Ah meu Deus! Eu sei, eu sei. Que a vida devia ser bem melhor e será. Mas isso não impede que eu repita, é bonita, é bonita e é bonita".

sábado, 7 de dezembro de 2013

GAROTO DE 3 ANOS É SUPER FÃ DE GARIS

Garoto de três anos da Grande BH se encanta com profissão de gari
Caio tem uniforme e já comemorou aniversário com tema da profissão
Uma criança de três anos surpreendeu a família que mora em Contagem, na região metropolitana de BH, ao contar sobre o que queria ser quando crescesse. O garoto Caio quer ser gari, já tem até uniforme e vai para rua conversar com os funcionários da limpeza toda vez que o caminhão de lixo passa.
Na família de Caio não há nenhum lixeiro e a mãe do gari-mirim não sabe de onde veio o amor pela profissão. Ela conta que já acostumou com o desejo do menino e, no ano passado, Caio quis comemorar o aniversário com vestido de lixeiro e a mãe conseguiu uma roupa do tamanho do filho.
- O boné eu mesma pedi para os garis me darem. A roupa eu pedi uma moça que mora na rua para fazer.
Durante toda a festa, Caio só queria tirar fotos com os dois amigos garis que a mãe convidou. Depois da comemoração, sempre que vê alguém vestido de laranja na rua, o garoto chama atenção da mãe e pergunta se é um gari. Quando o caminhão de lixo passa em frente a casa da família, o garoto já sai fantasiado e quer ajudar os lixeiros no trabalho. Os funcionários da limpeza, por outro lado, acreditam que Caio é um exemplo.
- Sempre tem os que não respeitam a gente, colocam vidro de qualquer jeito para cortar a mão. Para nós, que trabalhamos atrás de um caminhão, é bom ter um garoto assim.

Imagem: Record Minas

terça-feira, 19 de novembro de 2013

GARIS TROCAM VASSOURAS POR ASPIRADORES

Garis de Blumenau iniciam projeto e trocam vassoura por aspirador
12 equipamentos serão testados nas ruas no município do Vale do Itajaí.
Projeto será implantado em 100% da cidade em junho de 2014.
Os garis de Blumenau, no Vale do Itajaí, vão substituir as tradicionais vassouras por aspiradores a partir da próxima quinta-feira (21). O projeto começou em 2012 e o objetivo, conforme a Prefeitura, é modernizar o trabalho de limpeza e diminuir a dificuldade encontrada com a mão-de obra no município.
De acordo com Emerson Vieira, diretor-presidente da Companhia Urbanizadora de Blumenau (URB), 12 equipamentos foram comprados no valor de R$ 16 mil. Ainda segundo Vieira, a mudança vai começar pelo Centro, que concentra o maior número de pessoas. Porém, até junho de 2014, o projeto deve estar implantado em 100% dos bairros.
Para o diretor da companhia urbanizadora, a ideia foi muito bem aceita na cidade. Segundo ele, espaço ficará limpo mais rapidamente com a nova medida. "Com o aspirador, o trajeto feito normalmente com uma vassoura pode ser percorrido quatro vezes no mesmo com o equipamento", complementou ele.
Imagem: Eraldo Schnaider/Divulgação

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

SUELEN ABREU VOLTA AO TRABALHO

Suelen Abreu, a Mais Bela Gari da Capital, volta ao batente
Diário Gaúcho acompanhou o primeiro dia de trabalho da gari, que virou celebridade na Zona Sul
Ela se tornou uma celebridade. Ontem, no primeiro dia de trabalho da semana, Suelen Weber Abreu, 21 anos, de vassoura em punho foi saudada por quem reconheceu a vencedora do concurso a Mais Bela Gari de Porto Alegre.
Depois de dois dias curtindo a vitória, ela retomou a rotina de trabalho nas ruas do Bairro Belém Novo. Mas revela que está com a agenda cheia. No domingo, fez um churrasco com a família e os amigos. E perdeu as contas de quantas entrevistas concedeu à imprensa.
- As pessoas vinham com o Diário Gaúcho (ela está na capa da edição de segunda) pra me pedir autógrafo. Todo mundo quer tirar foto - conta a campeã.
Depoimentos nas redes sociais e mensagens no celular chegaram inclusive de desconhecidos. Com tanto carinho, Suelen está radiante:
- Não parei um minuto, está sendo muito bacana.
Trabalho em equipe
Ontem foi o dia de retornar ao convívio dos colegas, que ficaram na torcida. Ela trabalha na equipe que atende o Bairro Belém Novo e seu entorno. Depois de fazer um curso de líder, a vencedora agora faz estágio na área. Quando a coordenadora precisa sair, ela assume.
- É preciso ter responsabilidade para cuidar de uma equipe. Gosto de trabalhar com eles. E aí a gente vira um pouco psicóloga, mãe, amiga - explica.
Apesar da fama, algumas coisas permanecem iguais: a maquiagem e os brincos já faziam parte do visual, bem como a alegria no dia a dia:
- Eu tô sempre brincando, nunca ficamos quietos.
Orgulho das colegas
Quando Suelen pensou em se inscrever no concurso, uma das primeiras a incentivá-la foi a colega Tânia Maria Mello dos Santos, 64 anos. De tanto a turma falar, ela decidiu participar.
- Ela é bonita, jovem, querida. Disse que ganharia. Fiquei faceira - contou Tânia.
A colega e amiga Cristina Gomes dos Santos, 39 anos, acredita que o jeito alegre de Suelen foi um dos fatores que influenciou na conquista.
- Torci o tempo todo. Ela trata todo mundo igual, não deixa ninguém quieto, está sempre de alto astral - revela Cristina.
A coordenadora da equipe em que Suelen trabalha, Olga Maria D'Ávila, 53 anos, também não poupa elogios à Mais Bela Gari de Porto Alegre. Diz que é o seu braço direito no dia a dia:
- Eu acho que ela vai representar muito bem a nossa profissão. Agora é só tocar em frente.
Professora do meio ambiente
Suelen aguarda com ansiedade a data da viagem para Gramado, que está incluída entre os prêmios do concurso. E não vê a hora de poder começar a atuar como uma divulgadora da educação ambiental.
Sua vontade é trabalhar com crianças e ensiná-los, desde cedo, a importância de não jogar lixo no chão e colaborar com o meio ambiente. Afinal, "eles são o futuro".
- Quero poder passar um pouco do meu conhecimento para as pessoas. É possível separar o lixo e até ganhar dinheiro com ele - ensina.
Imagem: Marcelo Oliveira / Agencia RBS

domingo, 10 de novembro de 2013

SUELEN WEBER ABREU É A MAIS BELA GARI

'Chorei de emoção', diz jovem eleita a mais bela gari de Porto Alegre
Suelen Weber Abreu, de 21 anos, venceu concurso no sábado (9).
Domingo (10) é de festa em casa com a família e os amigos.
Eleita a mais bela gari de Porto Alegre em desfile realizado na noite de sábado (9), no Ginásio Tesourinha, Suelen Weber Abreu, de 21 anos, não pensava nem em participar do concurso do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU). Incentivada pelos colegas de trabalho, ela se inscreveu, foi à final, e ficou com a faixa.
Das 118 inscritas, 43 garis foram escolhidas como semifinalistas em cinco etapas seletivas nos últimos meses, com idades entre 18 e 60 anos. Neste domingo (10), Suelen festejava a conquista com amigos e familiares em sua casa, no bairro Belém Novo. "Chorei de emoção!", lembra a jovem em conversa com o G1. "Queria ganhar, mas não esperava o título", completa.
Suelen trabalha na orla do Guaíba, no bairro Belém Novo. Ela conta que os colegas fizeram campanha e conseguiram fazer com que ela se inscrevesse. "Nem imaginava participar. Foi tudo uma boa experiência", diz a vencedora, que tem uma filha de três anos. A pequena também estava no ginásio torcendo. "Foi tudo muito bacana", completa.
O objetivo do concurso, promovido pelo DMLU e pela Secretaria Municipal da Cultura (SMC), é valorizar as mulheres que trabalham no recolhimento de resíduos sólidos e conscientizar a população para a separação correta dos resíduos e seu descarte adequado. Foi a primeira edição do evento.
A rainha ganhou como prêmio um final de semana em Gramado, na Região da Serra do Rio Grande do Sul, o valor de R$ 1 mil, roupas, acessórios e sapato, além de um curso de Modelo Manequim (com contrato de um ano) e uma TV de LED 40 polegadas.
Além de coroa desenhada pela designer Adriana Dubina, em camafeus de cristais swarovski, Suelen irá, ao longo de um ano, participar de eventos colaborativos e culturais promovidos pela SMC, ações de sensibilização para coibir focos de lixo, ajudar nas ações de mobilização interna e externa, além de representar o DMLU no Carnaval de Porto Alegre 2014.
Imagens: Cristine Rochol/Divulgação/PMPA

sábado, 9 de novembro de 2013

CHEGOU A HORA, A MAIS BELA GARI É NESTE SÁBADO

Mais Bela Gari será conhecida neste sábado
O evento começa às 17h. A entrada é franca e o público é convidado a doar um brinquedo para o Natal
Na tarde deste sábado, 36 candidatas ao título de Mais Bela Gari vão desfilar sua simpatia e desenvoltura na final do concurso, no Ginásio Tesourinha. O evento começa às 17h. A entrada é franca e o público é convidado a doar um brinquedo para o Natal.
Foram inscritas 119 mulheres no concurso. Elas participaram das semifinais nas nove seções do DMLU. Entre as finalistas, serão escolhidas a Mais Bela Gari, além de duas princesas, a Gari Revelação, e a Miss Simpatia, que será eleita pelas candidatas.
A primeira colocada irá, ao longo de um ano, participar de eventos promovidos pela secretaria municipal de Cultura, ações de sensibilização para coibir focos de lixo, ajudar nas ações de mobilização interna e externa, além de representar o DMLU no Carnaval de Porto Alegre 2014. A escolha levará em conta não apenas a beleza da candidata, mas também sua atuação na sociedade e seu carisma.
Todas as finalistas receberão prêmios
A vencedora ganhará, além da tradicional coroa, criada pela designer Adriana Dubina, um final de semana em Gramado com acompanhante, R$ 1 mil, roupas, acessórios e sapatos, um curso de Modelo Manequim (com contrato de um ano) e uma tevê de Led 40 polegadas. A primeira e a segunda princesas ganharão R$ 500, acessórios e sapatos.
A quarta colocada e a Miss Simpatia receberão também R$ 500, acessórios e sapatos. Todas as finalistas ganharão uma cesta básica. A melhor torcida receberá um troféu, uma obra criada pelo escultor Ralf Heiming. Além do desfile, haverá a apresentação do grupo show da escola de samba Copacabana.
O concurso é promovido pelo DMLU e pela secretaria da Cultura, coordenado pelo Rei Momo Fábio Verçoza e conta com o apoio do Projeto Vó Chica, da Vila Safira.
Comissão julgadora
- Rodrigo Chies, diretor da divisão de limpeza e coleta do DMLU
- Ana Canal, assessora de gabinete da secretaria da Cultura
- Yoh Alves, Miss Beleza Negra do RGS 2013
- Cris Mazzei, apresentadora do programa informação na TV Ulbra
- Suzana Schuwchow, proprietária da Danna produções
- Bruno Vasconcellos, Mister Rio Grande do Sul 2014
- Marcio Figueira, diretor da TV Restinga
- Vitória Sulczinski, Miss RGS 2013 (entregará a faixa e a coroa à Mais Bela Gari)
- Douglas Schwengber, Best Model Brasil 2013
- Renato Dornelles, colunista do Diário Gaúcho
- Nêmora Mendes, médica da mulher
- Bruna Gasperin, Glamour Girl e empresária
- Adriana Dubina, artesã
Imagem: Marcelo Oliveira / Agencia RBS

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

EXCESSO DE LIXO EM PRAIA NA BAHIA

Apelidada de Cocô Beach, areia da praia do Costa Azul é repleta de lixo
Em dias de chuvas mais intensas, são retiradas até 20 toneladas de material das areias das praias de Salvador
Garrafas pet, vidro, plástico, pneus e até camisinha usada... O que poderia ser o cenário de um aterro sanitário foi percebido na praia do Costa Azul, ao lado do Jardim de Alah, na manhã de ontem. Segundo os garis que trabalhavam no local, apelidado de Cocô Beach, até mesmo animais mortos foram encontrados na areia da praia.
“Dois porcos, uma galinha e um cachorro. Cheguei aqui às 7h e já vi muita coisa inacreditável”, contou o gari Antônio Meireles, 60 anos. Segundo o diretor de operações da Limpurb, Ronaldo Ferreira, o lixo encontrado nas praias são os mesmos descartados de forma irregular pela população nas ruas e bairros de Salvador.
“O lixo jogado nas ruas e nas encostas é arrastado pelas enxurradas nos dias de chuva, desembocando nos rios e no mar. É preciso que a população tenha mais cuidado no momento de descartar o lixo para evitar esse tipo de situação”, explicou. Ele contou que em dias de chuvas mais intensas são recolhidas até 20 toneladas de lixo nas praias da cidade.
“Já sabemos que toda vez que chove acontece isso, tanto é que mantemos uma equipe de prontidão para atender a esse tipo de situação”, afirmou Ferreira. Ontem, 20 funcionários da Limpurb trabalhavam nas praias do Costa Azul e do Rio Vermelho, onde, no total, oito toneladas de lixo foram recolhidas das areias. “Se não ocorre a operação, o lixo vai todo parar no mar”, ressalta a presidente da Limpurb, Kátia Alves.
Ela acredita que a solução para o problema está na conscientização da população. “A solução é a educação. As pessoas precisam aprender a parar de jogar lixo na rua e serem mais conscientes”, afirmou a estudante de direito, Nara Dourado, 19 anos. Além de poluir as praias, o lixo descartado de forma irregular é um perigo também para a vida animal. A poucos metros do mar e com as ondas fortes provocadas pela ressaca, esse material logo seria arrastado para o oceano.
O biólogo Clarêncio Baracho diz que o lixo é um problema global e interfere tanto na paisagem quanto na vida marinha. “Temos conhecimento de muitos casos de golfinhos, tartarugas e aves que acabam morrendo após ingerir esse material”, ressalta. Além disso, Baracho chama a atenção que o lixo na praia pode atrair outros animais vetores de doenças, como ratos, afetando também os humanos.
O surfista Bruno Balbi, 25 anos, contou que já teve problemas de pele por conta da poluição do mar. “A sujeira é comum nas praias de Salvador, principalmente quando chove. Aqui, no Costa Azul, a situação não é diferente”, disse. Para o biólogo do projeto Tamar, Alexsandro Santos, os plásticos representam um grande problema para a fauna marinha.
“O risco maior é da tartaruga comer o plástico, confundindo com comida. O mesmo pode ocorrer com os mamíferos marinhos, podendo entrar no sistema respiratório deles e causar asfixia”, pontua.
Além disso, ele ressalta que os próprios banhistas podem ser prejudicados: “Uma pessoa pode estar tomando banho e se deparar com o vidro no fundo do mar, causando um acidente”. Segundo informou a Limpurb, a limpeza das praias de Salvador é feita todos os dias. 
Fonte: Correio 24 horas

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

ENTRE VIDA DE GARI E VEREADOR

Entre a vida de gari em Pedras de Fogo e de vereador em Itambé-PE
Gilmar Monteiro, o Índio do Manguzá, exerce a profissão de gari em Pedras de Fogo e também é vereador pelo PCdoB em Itambé
O gari Gilmar Monteiro da Silva (PCdoB), 37 anos, acorda quando o céu ainda está escuro, toma um copo de água, come um pedaço de cuscuz e veste um uniforme amarelo e azul para a labuta. Às 5h30, com os raios de sol ainda tímidos, ele já está em Pedras de Fogo, município do interior da Paraíba, pronto para limpar a sujeira nas ruas deixada por outros. Porém, uma vez por semana, nas quartas-feiras à noite, o guarda-roupa de Gilmar muda radicalmente. Por volta das 18h30, ele veste um paletó preto que comprou no início deste ano e vai à sessão da Câmara Municipal de Itambé, na Mata Norte de Pernambuco, onde exerce o mandato de vereador pela primeira vez. Conhecido como Índio do Manguzá, Gilmar tem duas vidas entre as cidades irmãs de Pernambuco e Paraíba. E em ambas, ele quebra rótulos e preconceitos. Num país de tantos funcionários fantasmas, ele se divide em dois para trabalhar e defende mudanças para a política de Itambé na mesma velocidade que tenta varrer as ruas de Pedras de Fogo.
Essa não é uma história comum de ascensão social. É a de um homem que é gari, apesar de ser vereador, e conseguiu ser exceção à tese de invisibilidade pública apresentada pelo psicólogo social Fernando Braga, em 2008, na Universidade de São Paulo. Se a tese apontava a facilidade das pessoas que não têm qualificação técnica ou acadêmica de ficarem invisíveis, Índio do Manguzá, como gosta de ser chamado, não faz parte dela. Está fora dos padrões.
O vereador-gari nunca teve uma vida fácil. Até os 17 anos, morava em Pedra de Fogo e trabalhava com o pai, José Monteiro da Silva, falecido no ano passado. Foi agricultor, pintor, cortador de cana e tantas coisas mais que perde as contas. Fazia qualquer biscate que pudesse trazer comida para casa e ajudar a alimentar os irmãos, nove ao todo. Chegava a passar de 15 a 20 dias com o pai, seu maior exemplo de vida, nas plantações da mata de Salamago e do Rio.
O trabalho árduo, contudo, nem sempre foi suficiente. Para sobreviver, como tantos Silvas nesse Brasil, sentiu-se muitas vezes excluído e humilhado por dormir em cama de vara e passar fome. Índio perdeu quase todos os dentes comendo farinha com mel, mas conseguiu um corpo robusto, pronto para a dureza da vida. Esse alimento básico, recebido na escola, principalmente, o ajudou a concluir o ensino fundamental.
Inspirado nos conselhos do pai, a vida melhorou quando Índio começou a dar um sentido a sua dor, a dividir o pouco que tinha cada vez mais. Em 2004, com apoio de amigos em Itambé, iniciou um trabalho social, distribuindo munguzá aos sábados na comunidade do Maracujá, onde mora até hoje. Ganhou, a partir de então, o apelido pelo qual se tornou conhecido. Um nome que simboliza sua luta nas matas do interior pernambucano pela sobrevivência e sua solidariedade para os ajudar os que têm tão pouco, como ele.
Dois anos depois, Índio passou num concurso público de gari, em Pedra de Fogo, com uma nota de 7,5, e começou a ganhar cerca de R$ 1 mil. O dinheiro não se multiplicou porque ele sempre procurou ajudar os vizinhos. Mas os amigos sim, estes cresceram.
“Minha situação foi diferente daquele (psicólogo) que disse que o gari era invisível. O gari ou qualquer outra pessoa, só é invisível quando é egoísta. Só é invisível quando olha para si próprio. O fator diferencial da minha história é o seguinte: ‘se eu tiver um pacote de fubá, eu vou dividir com aquele que está passando necessidade’”, afirmou, com os olhos marejados.
A preocupação com o outro levou o gari a tentar um mandato político em 2012. O estopim teria sido quando ele estava numa das comunidades de Itambé, viu crianças comendo barro e, pouco depois, encontrou uma família que não se alimentava desde o início da manhã. “A comunidade que eu ajudava dizia: ‘Índio, sai candidato. Você sem ter nada faz, imagine se for vereador’”, lembrou, reproduzindo as palavras de uma conhecida. Tais palavras foram sendo trabalhadas com um conselho aqui, outro acolá e resultaram numa vitória nas urnas de Itambé com 789 votos. Ele foi o sexto mais votado do município e tem muitas histórias para contar.
A família e as doações
Índio Manguzá não se rendeu ao jeito de sobreviver tão criticado pela escritora Lya Luf. Aquele que evita comer o lixo concreto, mas engole o lixo moral, fingindo que está tudo bem. Casado há 15 anos com a mesma mulher, Fernanda Maria da Conceição, 36, o gari que é vereador nunca se acomodou com o lixo moral. Ainda tem vergonha da pobreza que vive com a esposa e quatro filhos, mas tem juntado o salário de vereador, cerca de R$ 3 mil, com o de gari, aproximadamente R$ 1 mil, para ajudar à comunidade e, vez ou outra, comprar um móvel para a casa, um lugar muito humilde.
Os adversários e aliados dizem que ele está mergulhado em dívidas, porque comprou um carro, um Strada cinza, ano 2010, e tem feito muitas festas para a comunidade, o que não seria papel do vereador. No Dia das Mães, por exemplo, Índio encomendou um bolo de 30 quilos e deu vários tipos de presentes às mulheres do bairro do Maracujá. Antes, já tinha doado 52 kits escolares e comprado 600 ovos de páscoa para as crianças, além de levar e trazer moradores de Itambé para hospitais do Recife ou de João Pessoa.
Apesar dos gastos vistos como excêntricos, a vida social de Índio ainda contrasta com a vida pessoal. A residência dele tem dois quartos sem portas, paredes verde e rosa gastas, móveis esmaecidos. Os quartos mal iluminados são isolados de uma pequena cozinha por lençóis coloridos e o guarda-roupa onde pendura o paletó está com a porta quebrada. Na sala, os dois filhos menores dormem num beliche, separados do sofá com uma cortina vermelha. “Eu nunca vi um vereador fazer o que ele fez”, conta a mãe, Maria Ivete Marcolino, 66 anos. “Reclamam tanto que ele comprou esse carro, mas ele vive levando as pessoas para o hospital”, protesta.
Para contestar as queixas de assistencialismo, Índio diz que também fiscaliza o poder público, sua verdadeira função. Conta que reclama quando não vê as obras prontas e já vem recebendo crítica dos aliados por tantas cobranças. “Eu também sou fiscal e tenho projetos aprovados. Não ajudo as pessoas de agora. Isso ninguém pode falar de mim”, arrematou, com a voz embargada.
A câmara e as ruas
Orgulho e preconceito
É visível o preconceito que Índio do Manguzá ainda sofre entre os colegas de Câmara, 11 ao todo, contando com ele. Especialmente pelo fato de ele ainda trabalhar como gari em Pedras de Fogo. “Ele só vai ter esse mandato, porque ninguém aguenta ficar nessa rotina”, disse um vereador, pedindo reserva no nome. Já o presidente da Câmara, Edvaldo do Caricé (PSB), procurou amenizar. “Ele tem vontade de acertar, mas, muitas vezes, é precipitado. Muitas vezes quer dar um passo maior que as pernas. Muitas vezes, ele chega aqui brabo, querendo resolver as coisas, mas não é assim”, acrescentou, sem querer contar que passo tão grande era esse pretendido por Índio. “O que posso dizer é que ele tem o mesmo direito de todos e merece crescer na vida”.
Entre os garis, contudo, a presença de Índio do Manguzá serve como uma inspiração. Segundo Elço Pereira, 35 anos, chefe de divisão de limpeza urbana de Pedra de Fogo, ele continua fazendo o mesmo trabalho de antes, mesmo depois de se eleger. “É muito bom que ele tenha se elegido porque ainda existe muito preconceito em relação aos garis, mas isso está mudando. É uma vitória”, afirmou. “Ele realmente é uma pessoa do bem”, acrescentou o gari José Flávio, 24 anos, companheiro de Índio nas faxinas matinais.
Para Índio, que enche os olhos de lágrimas ao contar sua trajetória, é mais fácil limpar as ruas do que mudar a política. “Mesmo assim, eu vou fazer a minha parte. Eu vou entrar para a história política desse país como varredor de rua, como primário… Eu me orgulho porque respeito o ser humano. Isso não tem preço. Com ou sem paletó, a roupa não importa ”, prometeu.
Fonte: Aline Moura - Diario de Pernambuco

terça-feira, 8 de outubro de 2013

LIXO DE FEIRA VIRA ADUBO ORGÂNICO

Lixo de feira começa a virar adubo na capital
Prefeitura projeta tirar dos aterros 62 mil toneladas de resíduos orgânicos por ano
Numa jornada que começa pelos braços do gari Eduardo Silva, de 48 anos, o Hulk, os restos de frutas e verduras começam a virar adubo em São Paulo. Há dois meses, o lixo orgânico que ele recolhe na feira de São Mateus, na zona leste, deixou de viajar até o aterro sanitário na divisa com Guarulhos para ser compostado no próprio bairro.
Trata-se de um projeto piloto que a Prefeitura quer levar às 900 feiras semanais da capital, uma das metas da gestão Fernando Haddad (PT), para retirar cerca de 62 mil toneladas de lixo por ano dos aterros, onde o processo de decomposição dos resíduos provoca 20 vezes mais efeito estufa.
"Hoje, 53% do lixo coletado na cidade é orgânico e nós não fazemos nada para aproveitá-lo. Nas feiras, quase tudo que é descartado pode virar composto e dar vida ao solo em vez de ir para o aterro e produzir gás metano", disse a agrônoma Lúcia Salles França Pinto, coordenadora do projeto. A ideia é que em breve podas de árvores também sejam compostadas.
Segundo o secretário municipal de Serviços, Simão Pedro, quatro centrais de compostagem serão criadas na cidade até 2016. Cada uma deve custar cerca de R$ 500 mil por mês, valor equivalente ao que a Prefeitura paga hoje para enterrar o lixo das feiras no aterro.
"Vamos construir um cardápio de soluções de coleta e tratamento de resíduos, ajudar pequenos produtores rurais com insumos, diminuir o lixo transportado e aumentar a vida útil dos aterros", disse Simão Pedro, que estima uma economia de 30% na limpeza das feiras.
Na rua. Na feira da Rua Ursa Menor, em São Mateus, o projeto tem contado com a ajuda dos feirantes, que já descartam os restos de frutas e verduras nas caixas ou caçambas que irão para a compostagem, reduzindo o lixo acumulado no chão. "Agora, se chover fica mais difícil de o lixo descer a rua e entupir os bueiros", contou Hulk, apelido do gari Eduardo, que trabalha há 19 anos na feira livre.
Dos oito garis que varrem cada feira, a Prefeitura pretende transformar dois em agentes ambientais. Serão eles que vão acompanhar a coleta das caçambas, o transporte até a central de compostagem e a montagem das leiras, onde resíduos orgânicos são misturados às serragens para virar composto.
No caso de São Mateus, o adubo é feito num terreno vizinho ao prédio da subprefeitura, que estava abandonado. Segundo Lúcia, o espaço comporta o lixo de até seis das 38 feiras de São Mateus. "Outras quatro subprefeituras já nos procuraram interessadas em fazer a compostagem. Com isso, os caminhões vão andar menos pela cidade", afirmou.
Fonte: Fábio Leite - O Estado de S.Paulo

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

MAIS BELA GARI MOBILIZA 43 CANDIDATAS

Concurso Mais Bela Gari mobiliza 43 candidatas em Porto Alegre
Na quarta-feira, foi o primeiro encontro geral das finalistas. Vencedora ganhará muitos prêmios
No dia 9 de novembro, no Ginásio Tesourinha, 43 mulheres trocarão o uniforme laranja pelo vestido de festa. Os cabelos presos, sob o boné, darão espaço a um penteado, que evidenciará o rosto maquiado.
No lugar das ruas da Capital, trabalhadoras que atuam na varrição, na capina e na manutenção dos banheiros públicos terão uma passarela para caminhar no concurso que escolherá a Mais Bela Gari de Porto Alegre.
Para buscar a vitória, as candidatas terão de mostrar o mesmo carisma e simpatia com que desempenham suas atividades para deixar a cidade limpa.
Evento para todas as idades
Ontem, no DMLU, elas participaram de um ensaio, o primeiro compromisso até a final. As candidatas, com idades entre 18 e 60 anos, também receberam a camiseta do concurso e um conjunto de colar, brincos e pulseira, doados por funcionárias de uma loja de acessórios.
- Queremos a gari com aquele brilho nos olhos - destaca o Rei Momo Fábio Verçoza, idealizador e coordenador do concurso.
Fábio explica que a beleza será avaliada pelos jurados, mas não será determinante. Entre as missões da vencedora estará fazer presença em eventos culturais e ações colaborativas, como ajudar na distribuição de sopão nas capatazias.
Gari desde 1991, Maria Sirley dos Santos, 59 anos, vive a expectativa:
- A mãe acorda todo dia uma hora mais cedo por causa da ansiedade. Estamos adorando - contou a atendente de berçário Elisângela dos Santos Oliveira.
Maria emenda:
- No desfile, serei eu mesma, carismática, simpática e alegre.
Uma das mais jovens, a gari Jéssica Vieira Figueiró, 18 anos, foi incentivada pelo marido, Roger, 23 anos, que também é colega de profissão.
- Ele disse "vai, amor, participa, quero te ver ganhar". Estou adorando.
O concurso é uma iniciativa da Secretaria de Cultura e DMLU.
Saiba mais
- Foram inscritas 119 mulheres no concurso. Elas participaram das semifinais nas nove seções do DMLU. Da grande final, participarão 43 candidatas. Além da Mais Bela Gari serão escolhidas duas princesas e a Miss Simpatia, eleita pelas candidatas.
- A vencedora vai ganhar uma viagem para Gramado com acompanhante, R$ 1 mil em dinheiro, uma tevê, cursos de Inglês, Informática e Gastronomia, roupa, produtos de beleza, uma fantasia para desfilar no Carnaval de Porto Alegre 2014, entre outros prêmios. Ao final do concurso, a vencedora sairá do ginásio de limusine direto para a suíte presidencial do City Hotel, onde terá uma noite de rainha.
- As princesas vão ganhar uma viagem com acompanhante para Gramado e R$ 500 cada uma, além dos cursos. A Miss Simpatia ganhará a viagem com acompanhante para Gramado e os cursos.
- A final será no Ginásio Tesourinha, no dia 9 de novembro, às 17h. A entrada é franca e o público é convidado a doar um brinquedo para o Natal.
Agenda das candidatas
- Sábado: coquetel e baile no Jóquei Club. Para as candidatas, a entrada é gratuita. Demais pagam R$ 8 (antecipado) e R$ 10 (na hora).
- Dia 17/10, às 15h: passeio no Linha Turismo, roteiro Zona Sul.
- Dia 23/10, às 15h: passeio no barco Cisne Branco
- Dia 26/10: seminário sobre saúde da mulher, com a doutora Nêmora Mendes, automaquiagem e beleza, no City Hotel, às 9h.
- Quem quiser apadrinhar alguma candidata pode entrar em contato pelo e-mail cortecarnaval@gmail.com ou pelo telefone 3289-8034.
Foto: Marcelo Oliveira / Agencia RBS

domingo, 29 de setembro de 2013

EX-GARI DA SHOW DE SALTOS COM MOTO

Ex-gari e ajudante de pedreiro faz sucesso em festival de saltos em motos
Quem vê o piloto Jonis Grigollo, 28 anos, no alto do pódio da categoria de acesso do Freestyle Motocross (FMX) no Jump Festival jamais conseguiria imaginar o caminho percorrido por este gaúcho de Tapejara, cidade a 324 km de Porto Alegre (RS), até o estacionamento do Shopping Tamboré, em Barueri (SP), onde acontece o festival, maior evento de esportes radicais do Brasil.
Pela primeira vez competindo no Brasil, Grigollo percorreu um caminho pedregoso antes de dar show na pista do FMX Acesso e conquistar o troféu de primeiro lugar com a incrível nota de 262,67 pontos (com direito a melhor manobra) contra 193,67 de Daniel Boy, o segundo colocado, e Marcelo Bellotinho, que completou o "top 3".
"Morei muito tempo fora e encontrei muita dificuldade na Itália, antes de voltar para o Brasil. Dormi na rua lá, trabalhei como lixeiro, gari, entregador de jornal, pedreiro e soldador, sempre com a certeza da paixão pelo FMX e a consciência de que sou igual a todos e poderia competir", comenta o vencedor, que dá ao ex-piloto Luis Roberto Marcon, atualmente seu técnico, os créditos pela carreira, que já começou bem.
"Ele me ensinou tudo, as manobras, me deu a moto quando parou de andar e, dali para frente, foi só me dedicar e não olhar para os problemas, sempre focado em andar. Minha família tinha medo que eu participasse, mas acredito que meu pai ficará muito orgulhoso quando souber. Percorri 1.500 km sozinho, preocupado e com muito medo, só para andar de moto e conhecer, mas deu tudo certo", revela, falando sobre a viagem de Tapejara a Barueri, na Grande São Paulo.
Coordenador técnico do FMX, o atual líder do ranking e campeão brasileiro entre os profissionais, Fred Kyrillos, celebrou o sucesso da modalidade. "É uma categoria muito importante, a base do esporte. Foi um pouco difícil o início, mas os próprios pilotos mereceram e não tivemos nenhum acidente. Do meu ponto de vista, é um evento fundamental. Se existisse uma categoria como essa na minha época (de novato), o esporte estaria em outro nível. E chegará lá", analisa. Pelo sorriso de Grigollo, Kyrillos pode se considerar com a missão cumprida.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

O USO SUSTENTÁVEL DA ÁGUA

Fórum de Gestão Ambiental aborda uso sustentável da água
O Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano – INDSH promove nos dias 19 e 20 de setembro o I Fórum de Gestão Ambiental em Saúde da América Latina, com o tema central: “Recurso Água”.
O objetivo do evento é reunir especialistas renomados do Brasil e América Latina para discutirem questões como o impacto ambiental causado pelos serviços de saúde, os processos operacionais que permitem o gerenciamento dos recursos naturais e a importância da gestão ambiental nesses serviços.
A água está presente em praticamente todos os processos operacionais ou produtivos da área de saúde e hospitalar, seja de forma direta ou indireta. No caso de hospitais, a água está presente nos serviços de processamento de roupas, na higienização de materiais, equipamentos e instalações, no preparo dos alimentos e em procedimentos delicados como hemodiálise.
O evento será realizado no Hotel Radisson, em Belém, Pará, e é destinado a profissionais de saúde, bem como a profissionais que atuam nesse segmento, como engenheiros, arquitetos, ecologistas e autoridades da área de saúde e meio ambiente.
Entre os temas da programação científica, destacam-se:
• Inventário de gases de efeito estufa na saúde;
• Licenciamento em Instituições Hospitalares;
• Política Nacional de Resíduos Sólidos de Saúde;
• ISSO 14001 em Instituições Hospitalares e de Saúde;
• Saneamento Ambiental;
• Gestão Ambiental em Instituições Hospitalares e de Saúde.
Informações e Inscrições pelo site: www.forumdegestaoambientalemsaude.com
Fonte: INDSH

sábado, 7 de setembro de 2013

EX-GARI COM VOZ DE OURO

Ex-gari com voz de ouro perdeu emprego e carreira musical não decolou
Sem o trabalho, baiana Ana Lícia vai encarar a profissão de garçonete para se livrar das dívidas, mas não desistiu de cantar profissionalmente
Dona de uma voz de ouro, Ana Lícia trabalhava com gari na Praia do Forte, na Bahia, e varria as ruas enquanto cantava. Descoberta por um amigo músico, ela começou a cantar com ele em um bar. “Ele já tinha me ouvido e me convidou. Eu varria cantando, as pessoas passavam, me elogiavam e eu me empolgava ainda mais”, lembrou ela no Encontro desta sexta-feira, dia 6.
Durante um tempo, ela tentou conciliar os dois trabalhos, mas seu chefe não permitiu que ela continuasse com a vida dupla. Ana Lícia escolheu seguir na música. “Ele pediu para escolher entre a música e o trabalho. E eu decidi cantar. Falei: ‘Vou investir, já que todo mundo fala que eu canto bem’”.
A morena não teve muito sucesso na escolha. Sem emprego e cheia de dívidas, Ana Lícia vai começar a trabalhar como garçonete. Mas, arretada como toda baiana, ela ainda não desistiu da música. No palco do Encontro, ela mostrou todo o seu talento cantando “Final Feliz”. Confira no vídeo!

Fonte: TVG Globo

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

GENTE QUE LIMPA

Comlurb cria programa Gente que Limpa
A Comlurb implanta a partir desta sexta-feira (6/09), na sede da companhia, o programa Gente que Limpa, com a participação de 147 voluntários da área administrativa.
O objetivo é adotar medidas para modernizar seus serviços, integrando ações e desenvolver, junto com uma cultura voltada para operação e inovação, uma estrutura organizacional moderna em todas as suas áreas de atuação. Além disso, serão oferecidos aos funcionários visitas às gerências operacionais para acompanhar e participar de uma ação de limpeza nos logradouros públicos.
Os empregados serão estimulados a construir novas ideias, novas soluções e buscar inovações que possam fazer com que a companhia tenha um crescimento ainda maior, o que garantirá uma melhoria produtiva, mais eficiência, modernidade na mecânica operacional e entender melhor as demandas da operação e do cidadão, nosso principal cliente.
Durante meio dia de trabalho, 147 funcionários dos quadros administrativos que se apresentaram voluntariamente farão visitas às dez gerências operacionais, onde tomarão o café da manhã com os garis. Em seguida receberão um briefing de instruções operacionais do Gerente da Unidade e seguirão para as ruas para acompanhar e participar de atividades de varrição e coleta. Depois da operação, os voluntários vão retornar à sede da Comlurb e serão recebidos pelo presidente e diretores, para quem vão expor os aspectos que considerarem relevantes, para a implementação de melhorias das atividades operacionais. Neste dia, preencherão um formulário de avaliação da ação.
QUEM SÃO OS GARIS?
Garis, homens e mulheres anônimos, que passam o dia retirando das ruas, lixo, entulho, além da capina e roçada do mato que cresce junto ao meio fio. Compenetrados, cabeças baixas, tentando esconder-se dos olhares de pessoas que passam, atentos ao que estão fazendo em benefício de uma cidade mais limpa, eles enfrentam intempéries, cães ferozes, perigos de contaminação com cortes de cacos de vidros, contaminações do lixo hospitalar e outros tipos de situações desagradáveis.
Não é tarefa fácil correr oito horas de dia ou de noite, no sol ou na chuva, atrás de um caminhão coletor de lixo. Em média, o gari da coleta domiciliar, suspende diariamente, nada menos que duas toneladas de sacos de lixo para despejar na caçamba do caminhão.
No corte de grama, o gari utiliza um equipamento que pesa seis quilos. Ele tem que manter a ferramenta suspensa, sem encostá-la no chão, fazendo a lâmina atingir apenas a grama.
Para a ceifagem, ele movimenta o corpo de um lado para o outro. Com 60 movimentos por minuto, a cada hora, o gari gira 3.600 vezes para lá e para cá. Isso equivale a 60 abdominais diagonais por minuto.
Na varrição das ruas calculando, por exemplo, 72 vassouradas a cada 60 segundos, com cinco minutos por hora de descanso, o gari, com uma jornada de sete horas, faz um total de 27.720 vassouradas.
Os garis são os profissionais da limpeza que recolhem o lixo das residências além de varrer ruas, praças e parques. Também capinam a grama, lavam e desinfetam vias públicas. Em seu lugar, as máquinas não têm a mesma eficiência. Apesar de imprescindíveis para a manutenção da limpeza da cidade, o gari quase sempre passa despercebido nas ruas.
Conceitos das principais atividades desenvolvidas na limpeza urbana e preservação do meio ambiente:
Varrição: Limpeza dos logradouros públicos. É executado de forma individual cabendo ao varredor, além da varrição, o esvaziamento das caixas coletoras de papéis (papeleiras), a capina do mato, raspagem de terra e a limpeza dos ralos do seu roteiro.
Coleta Domiciliar: Remoção dos resíduos devidamente acondicionados e dispostos no logradouro, mediante o uso de veículos apropriados. É a coleta regular dos resíduos gerados nas atividades diárias nas residências que são constituídos por resíduos orgânicos e não recicláveis.
Cada cidadão precisa se sentir agente responsável pela preservação da sua cidade. O hábito de sujar e de não limpar continua parecendo intacto. Numa grande cidade qualquer objeto jogado na rua acaba totalizando toneladas de sujeira, capaz de entupir bueiros e provocar enchentes.
Fonte: Diário Democrático - http://diariodemocratico.com.br/rio-de-janeiro/9584 - Rio de Janeiro/RJ
Imagem: Ascom/Prefeitura do Rio

CONCURSO A MAIS BELA GARI DE PORTO ALEGRE/RS

Projeto cultural vai eleger a mais bela gari de Porto Alegre
Vencedora do concurso participará de atividades para promover conscientização sobre lixo
A prefeitura, por meio do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) e da Secretaria Municipal da Cultura (SMC), abriu nesta terça-feira as inscrições para o 1º Concurso “A mais Bela Gari de Porto Alegre”. No primeiro dia, foram realizadas 50 inscrições. Além de valorizar as mulheres, conforme a prefeitura, a iniciativa servirá para aproximar o departamento da sociedade.
A eleita irá, ao longo de um ano, a contar da data da coroação, participar de eventos colaborativos e culturais, de ações de sensibilização para coibir focos de lixo, ajudar nas ações de mobilização interna e externa, além de representar o DMLU no Carnaval de Porto Alegre 2014. A escolha da mais bela levará em conta não apenas a beleza da candidata, mas também sua atuação na sociedade e seu carisma.
As inscrições vão até 13 de setembro e deverão ser feitas diretamente em uma das nove Seções do DMLU. A candidata deve procurar a seção a que está vinculada. Ao todo, 27 candidatas poderão concorrer na final, sendo três de cada seção. A primeira etapa de seleção ocorrerá de 14 a 26 de setembro. A grande final será em novembro, quando serão eleitas a rainha, duas princesas e uma quarta colocada, escolhida pelas colegas do concurso. A iniciativa conta com o apoio do Projeto Vó Chica, que oferece oficinas de percussão, teatro e noções de informática a crianças da Vila Safira.
Fonte: Correio do Povo - http://www.correiodopovo.com.br/ArteAgenda/?Noticia=506862 - Porto Alegre/RS
Imagem: PMPA/Divulgação CP

domingo, 25 de agosto de 2013

LIMPEZA E COLETA NAS COMUNIDADES DE MACEIÓ

Gari comunitário: limpeza e coleta nas comunidades de difícil acesso
A ocupação de encostas em regiões de difícil acesso figura entre as consequências do crescimento desordenado de Maceió. Por toda a cidade, há comunidades erguidas sobre barreiras e grotas cuja formação se constitui por entre becos, vielas e escadarias. Nelas, a dificuldade de acesso se configura como um problema quando o assunto é coleta de lixo.
Porém, graças à atuação dos chamados garis comunitários, a Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió (Slum) oferece os serviços de coleta e de limpeza para diversas grotas e comunidades de difícil acesso localizadas na capital.
O gari comunitário é um morador que é contratado para trabalhar no serviço de limpeza da própria comunidade em que reside. Atualmente, 43 deles atuam de segunda a sábado, em 19 comunidades de Maceió, como a Grota do Rafael, Grota Santa Helena, Sítio São Jorge, Alto da Boa Vista, Vila Goiabeira, Grota da Alegria, Piabas, Grota do Arroz, Conjunto Colibri, Grota do Moreira, Grota do Padre, Grota do Estrondo e Vale do Reginaldo, entre outras.
O trabalho consiste em recolher o lixo na porta das casas situadas em vielas, escadarias e outros pontos inacessíveis ao caminhão coletor e levar ao local indicado para que a coleta seja realizada pelos garis junto aos veículos. A rotina de atuação alterna dias de coleta domiciliar com dias de varrição, capinação e outros serviços de limpeza.
Agente da comunidade
Além de cuidar e preservar a limpeza, a presença do gari comunitário traz outros benefícios. “Nas regiões em que o gari atua, nós observamos certo disciplinamento da população em relação ao tratamento do lixo e da limpeza”, aponta Gustavo Novaes, superintendente da Slum. “Por ele ser um agente da própria comunidade e ter uma estreita relação com a população local, o gari comunitário tem a confiança e consegue manter esse viés de mão-dupla com os moradores em relação ao horário da coleta e à separação do lixo. A população o encara muito mais como um parceiro do que como um agente que vem esporadicamente no bairro coletar o lixo”, explica o gestor.
O crescimento urbano desordenado provoca a necessidade de avaliar continuamente as demandas da limpeza em comunidades de difícil acesso. Com o surgimento de novas localidades, a Slum estima que, atualmente, numa primeira análise, o número de 100 agentes formaria o efetivo ideal de garis comunitários. Por isso, a superintendência está analisando todas as situações e planejando a ampliação deste contingente específico.
“Em função do resultado muito positivo, a ideia é tentar ampliar, fazer ajustes e proporcionar uma melhor cobertura para todas estas áreas. Tanto para reforçar a ação nas grotas em que atuamos quanto para atender as comunidades em que ainda não estamos presentes”, finaliza o superintendente.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

GARI DÁ LIÇÃO NO DIA DOS PAIS

No dia dos pais, a lição foi de um gari
Confinada a uma rígida disciplina que envolve esteiras, supinos, múltiplos aparelhos de fisiculturismo e alunos que suam para se livrar das gordurinhas, a professora Patrícia é uma prestigiada personal trainer que atua desde o fim de noite até a madrugada na aconchegante Typ academia. No dia dos pais, ela teve uma ideia original: saiu pelos recantos da capital disposta a tirar fotos capazes de ilustrar momentos de afeição entre pais e filhos.
Mal podia deduzir que uma de suas imagens se firma como uma rara lição de vida e sabedoria. Disposto a fazer horas extras justamente no dia em que se prestam honras ao genitor, um zeloso gari vestiu seu pequeno filho com o uniforme da Comurg e os dois, felizes numa poética união, saíram brincando com sorriso farto a colher o lixo da cidade. Quanta honra, e quanta limpeza de caráter, no contraste de sujeira que se espalha sem nenhum pudor.
Este pai, numa das profissões mais simples da sociedade, se ergue na dignidade que falta em muitos figurões com diplomas e doutoramento. Ele não se acanha do que faz, e não se envergonharia se o filho lhe seguir os passos, porque certamente exerce a função com brio, com autoridade moral.
Muitos figurões carimbados, com suas gravatas francesas, ternos bem talhados protegidos nos gabinetes com ar-condicionado, no íntimo se envergonham ao ver seus rebentos seguirem a mesma carreira.
Alinhados numa babel de corrupção, jamais entenderiam que orgulho existe no lixeiro e seu aprendiz uniformizado. Os valores são outros. Eles entendem apenas o resultado das fraudes milionárias e a curtição das orgias materiais.
No entanto, mesmo que sejam donos de todo um Estado da Federação, à custa da miséria dos conterrâneos, que possam curtir resorts de luxo explorando infelizes nas maracutaias inconfessáveis, que viajem, nos mais desejados cinco estrelas do planeta, degustando manjares regados a vinhos raros, jamais vão alcançar o nirvana que fez brilhar a alma do gari no dia dos pais.
Uma bela lição aos que, por uma razão ou outra, acham que suas atividades não são adequadas aos herdeiros. Muitos chegam a dizer que fazem tudo para que seus filhos não se arrastem na mesma profissão. Deviam se preocupar, isso sim, se os rebentos vão atuar com ética e valores cristãos. O resto é apenas isso... resto.
Fonte: Diário da Manhã - http://www.dm.com.br/texto/137177-no-dia-dos-pais-a-liaao-foi-de-um-gari - Por Rosenwal Ferreira: Jornalista e Publicitário - rosenwal@rrassessoria.com / Twitter: @rosenwalF / facebook/jornalistarosenwal - Imagem: Patrícia (citada pelo jornalista). Goiânia-GO

sábado, 3 de agosto de 2013

TEATRO SOBRE GARIS EM BONITO

Teatro circense sobre garis junta crianças e adultos no Festival de Inverno
No meio da calçada, crianças e adultos se juntaram para apreciar a apresentação que aconteceu na tarde desta sexta-feira (2) em frente do Mercado Mundo Mix.
O espetáculo de circo-teatro "Garis Muccioloco", com os atores Pedro Muccioloco e Luka Lanchity, misturam comédia de palhaços – no caso uma dupla de garis de São Paulo – com acrobacias circenses, magia e malabarismos.
Na peça, Pedro e Luka são dois garis que sonham em se tornar famosos com seu "Show da Varrição", com suas vassouras e carrinho de lixo. Criam uma "plateia imaginária" – a própria plateia – e divertiram a todos que estiveram presentes na entrada do mercado, na Av. Pillad Rebuá.
"A ideia de utilizar o gari como tema central do espetáculo é a de se misturar ao público. Eles são pessoas invisíveis à sociedade, invertendo essa lógica durante a apresentação de circo-teatro", disse Pedro Muccioloco. Já o ator Luka Lanchity adiciona que "a peça é para ser nas ruas, como seria com um gari. O público gosta, eles se aglomeram".
Durante quase uma hora, os dois "garis" realmente se confundiram com a plateia e fizeram uma algazarra. Cantaram, dançaram, pularam, brincaram de malabaris, imitaram palhaços, conversaram com as pessoas, fizeram piadas, enfim, propuseram no decorrer do espetáculo uma surpresa e uma diversão às pessoas do Festival de Inverno de Bonito.
A mãe de dois filhos Marja (30) trouxe seus pequenos justamente por causa do teatro. "Soube pela programação oficial. Adorei o espetáculo, principalmente porque atendeu todas as faixas etárias, desde mim e até meus filhos".
Imagens: Raul Delvizio

MURAL DO GARI