ENTREVISTA

Batatais-SP, 08 de Outubro de 2011.
Entrevista da Semana
Nesta edição o entrevistado é Sérgio Henrique Costa Raymundo, 44, pai de duas moças, a Dayane de 22 anos, bióloga e Aryane de 16 anos, que cursa o ensino médio. Com formação de nível médio, técnico em contabilidade e técnico em gestão de pequenas empresas, Raymundo já concorreu às eleições municipais para o cargo de prefeito e já foi gerente de redes varejistas. Hoje, trabalhando no serviço de limpeza da Prefeitura, nosso entrevistado fala um pouco de sua vida e de política.


Tribuna de Batatais - Qual é a sua profissão ou formação?
Sérgio Henrique Costa Raymundo - Possuo dois cursos técnicos, em contabilidade e em gestão de pequenas empresas. Após alguns anos resolvi voltar a estudar e me capacitar, buscando uma formação superior. Atualmente curso o 3º ano de Administração no Centro Universitário Claretiano, dentre outras vantagens oferecidas pela instituição, faço parte do projeto da Empresa Claretiano Júnior, onde sou Diretor Financeiro, aos sábados, no Centro Paula Souza (Industrial), também faço um curso Técnico de Secretariado e Assessoria, minha profissão é Agente de Conservação e Limpeza na Prefeitura Municipal de Batatais.


Tribuna - O senhor atualmente trabalha como gari, servidor público da prefeitura. O que fez optar por esta profissão?
Raymundo - Exatamente, Agente de Conservação e Limpeza é o que chamamos carinhosamente de Gari, estou exercendo essa função há 3 anos e 3 meses, sem nenhum preconceito e muita dignamente, apesar de algumas pessoas taxarem a profissão de “invisibilidade pública”, isso não me incomoda, até indicaria a alguns, o livro de Fernando Braga da Costa, Homens invisíveis: relatos de uma humilhação social, um psicólogo que defendeu sua tese de mestrado na USP, trabalhando por 8 anos como Gari, muito bom. Minha opção pela profissão teve dois motivos, na época eu trabalhava em uma empresa de revenda de produtos veterinários, por telefone, não tinha nenhuma estabilidade, sem registro em carteira e o salário apenas comissionado, você só ganhava sobre suas vendas, não existia garantia, em 2007 surgiu o concurso na prefeitura e resolvi prestar, o outro motivo foi testar a própria veracidade do concurso, tanto é que fiz inscrição apenas para Gari, poderia ter optado por mais um cargo, pois era oferecida essa condição, prova em dois períodos, eu prestei e passei em 1º lugar, alguns amigos, parentes, achavam que eu não assumiria o cargo quando fosse chamado, se é que seria chamado, aqui estou eu.


Tribuna - O senhor já teve outros trabalhos de maior destaque e responsabilidade. O que fez abandonar e seguir para um serviço mais simples?
Raymundo - Sim, trabalhei em grandes redes de lojas de móveis e eletro domésticos, empresas como Magazine Luíza, Brasimac, Ponto Frio, Bernasconi, em Ribeirão Preto e Batatais, na maioria delas cheguei à gerência, sempre fui um bom funcionário e logo me destacava, mas o comércio varejista é exigente e estafante, as pessoas são meros números, são cobradas metas, às vezes, fora da realidade, quase não temos tempo para a família, não respeitam mais domingos e feriados, por outro lado os consumidores estão mais bem informados, mais seletivos, exigindo mais esforço das empresas em conquistá-los, uma empresa para se manter hoje em dia necessita se adequar a mudanças instantâneas, devido à era da informação, podemos observar isso nas grandes fusões que vem ocorrendo, a maioria dessas empresas na qual trabalhei nem existem mais, foram absorvidas por outras maiores ainda, como no caso do Ponto Frio e Casas Bahia, que hoje pertencem ao Grupo Pão de Açúcar. Na verdade não diria que abandonei o comércio, optei por uma função diferente, mais próxima da família e dos amigos.


Tribuna - Tem saudade do período em que era gerente de lojas de departamento?
Raymundo - Saudade é um sentimento de perda, distância, com certeza isso terei de algumas pessoas, clientes e funcionários, que passam por nossas vidas e nos deixaram grandes aprendizados, mas o status de um cargo, isso nunca me impressionou.
Tribuna - Como o senhor lidava com a rotina de administrador de grandes lojas? Era uma função muito estressante?
Raymundo - A rotina? É como eu disse antes, se você era cobrado, precisava cobrar, mas sempre fui um defensor dos funcionários, estava sempre procurando ajudar, inclusive em Batatais tive a oportunidade e o privilégio de trabalhar e comandar duas pessoas que na qual tenho muito carinho, Raul Vicentini, nosso pré candidato a Prefeito nas eleições de 2012 e o Dr. Fabiano Borges Dias, advogado em nossa cidade, grandes amigos. Com certeza a função causava certo stress, pois havia a necessidade de atender bem os clientes, cuidar do estoque, do caixa, exposição de produtos, treinar funcionários, entrega, montagem, enfim, toda rotina administrativa e comercial de uma grande rede.


Tribuna - Atualmente o seu cotidiano é totalmente livre do stress da vida moderna?
Raymundo - Sim, não existe tanta pressão, tenho mais tempo com amigos e familiares, a cabeça menos ocupada com metas, aborrecimentos, como disse antes, tenho a oportunidade de voltar a estudar, fazer projetos futuros, como montar o próprio negócio e dedicar à vida pública, que é um dos meus objetivos, inclusive, ano que vem, estarei fazendo uma especialização em Gestão Pública em uma Universidade Federal.


Tribuna - A remuneração também deve ter mudado muito. Como lida com isso?
Raymundo - Realmente a remuneração é uma tanto quanto diferente, mas o importante é estar bem consigo mesmo e de olho no futuro, em busca de novas oportunidades.


Tribuna - Se sente mais realizado e feliz longe dos escritórios?
Raymundo - A questão não é a realização, continuo gostado de desafios, inclusive de escritórios, comércio e tudo mais, mas como eu disse, estou em busca de novas oportunidades, novos caminhos e projetos, os anos passam, a gente amadurece e nossos objetivos mudam, vivemos em constante transformação.


Tribuna - O senhor também já foi presidente de partido político, o PSTU, continua militando na política?
Raymundo - Sim, fui presidente da comissão provisória do PSTU, inclusive estava filiado até o mês passado, onde efetuei minha desfiliação para ingressar no PSB. Continuo militando na política, acho que está no sangue de todos nós brasileiros, em algumas pessoas essa vontade manifesta um pouco mais, que é o meu caso. Fui procurado por vários partidos de nossa cidade e o PSB foi o partido no qual me identifiquei mais, não só por sua ideologia, mas também por grandes pessoas que compõe suas fileiras, como o Deputado Federal Dr. Ubiali, que muito tem colaborado com nossa cidade, nosso pré candidato a Prefeito Raul Vicentini, o jovem Fernando Marinheiro, nosso Presidente, as amigas de Facebook, Cátia Alimari e Débora Caram, entre outros.


Tribuna - Que experiência o senhor guardou sendo candidato a prefeito em eleições municipais passadas?
Raymundo - Fui candidato a Prefeito na eleição de 2004, portanto apenas uma vez. Participar de um pleito eleitoral é um aprendizado que fica para sempre, o processo eleitoral envolve e abrange toda a preparação, a realização, inclusive a apuração de votos e a diplomação dos eleitos, é ver funcionar a democracia, independente de partido político, o voto é a parte mais importante do processo democrático, com ele você faz prevalecer seu desejo, foi muito importante participar, ser um cidadão no seu direito, até hoje pessoas me param na rua, me chamam de Prefeito, é muito gratificante ser reconhecido pelas pessoas, o engraçado disso, independente da minha atuação nos programas televisivos, nunca fui hostilizado por ninguém, ao contrário do que possa parecer, as pessoas gostam dos entes políticos e com certeza se fossem melhores esclarecidos sobre o processo de filiação partidária e participação nas eleições, com certeza teríamos muito mais pessoas interessadas na política e candidatos mais preparados, ou seja, deveria haver uma disciplina obrigatória nas escolas, a fim de preparar os cidadãos e ter melhores políticos.


Tribuna - Pretende disputar o cargo majoritário da cidade no futuro? O senhor é oposição ao atual governo?
Raymundo - O futuro ainda está um pouco distante para uma pretensão ao cargo majoritário, mas posso dizer que sou pré candidato a vereador pelo PSB na eleição de 2012. Quanto eu ser oposição, a questão não é essa, acredito que seja incompatibilidade, sou totalmente avesso a política autoritária e centralização de poder, já passamos dessa época no militarismo, hoje a política precisa ser dinâmica, flexível, voltada para o progresso, pessoas com comprometimento e maior capacidade de articulação, fazer uma constante aproximação entre pessoas, envolvimento com a pessoa humana, outra coisa que me preocupa na política é o “marketing pessoal”, vamos deixar essa ferramenta para as agências de publicidade na promoção de produtos e serviços, em nossas entrevistas antes de conjugar os verbos de ação, “eu faço”, “eu mando”, precisamos aprender trocar a pessoa do verbo e dizer “nós fazemos”, humildade seria a palavra chave.


Tribuna - O que falta para Batatais ser uma cidade ainda melhor?
Raymundo - Antes de responder essa questão, que é mais complexa, gostaria de agradecer o jornal A Tribuna de Batatais, especialmente você Vergílio, pelo convite, por sempre acreditar na minha pessoa, manter o espaço democrático, são atitudes como essa que provam o diferencial de um jornal que acredita na pessoa humana.
Agora respondendo a questão o que falta para Batatais ser uma cidade ainda melhor, apenas uma palavra responde essa questão, RENOVAÇÃO. Precisamos de renovação política, renovação de idéias, renovação de atitudes, simplesmente renovar.
Agora eu gostaria de convidar os leitores do jornal A Tribuna de Batatais a acompanharem meu Blog na internet, onde eu falo um pouquinho dos profissionais de limpeza pública, os Gari, que tiveram a oportunidade de visibilidade social, o site é:
www.blogdogari.blogspot.com
Para encerrar, um trecho do livro na qual citei no início da entrevista: “Os garis abriram meus olhos. Alguma consciência emergiu. Passei a ver coisas que não via. Passei a ouvir coisas que não ouvia. Passei a sofrer por coisas pelas quais não sofria. Pano de fundo tornou-se figura. O drama da luta de classes, já tão enraizado socialmente, contaminando a seiva que vitaliza nossas relações com o outro, transformando nossa visão em cegueira, escancarou-se.” (Fernando Braga da Costa). Obrigado.
Entrevista concedida ao jornal A tribuna de Batatais - Ano II - Número 118 - Página 9 - Sábado, 8 de outubro de 2011 - Reportagem de Vergílio Oliveira



Batatais-SP, 05 de Abril de 2008.
Entrevista: Sérgio Henrique Costa Raymundo (PSTU)
"É LÓGICO QUE QUANDO ENTRAMOS EM UMA DISPUTA ELEITORAL, TEMOS O SONHO DE VENCER"
Com apenas 201 votos na eleição de 2004, mesmo sabendo das dificuldades que encontrará, com limitações e poucos recursos, o pré-candidato a prefeito pelo PSTU acredita em melhores resultados nas urnas nesta eleição.
Encerando a primeira rodada de entrevistas com presidentes de diretórios municipais e representantes de partidos políticos de Batatais que diputarão as eleições como candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereadores neste ano, nesta semana entrevistamos o pré-candidato a prefeito e presidente do diretório municipal do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), Sérgio Henrique Costa Raymundo. Ele já disputou uma eleição ao cargo majoritário pelo seu partido, obtendo nas urnas cerca de 200 votos. Acreditando estar mais fortalecido, Sérgio está positivo com uma votação mais expressiva em outubro. A ordem da agremiação é trabalhar por melhores resultados e tornar o partido mais conhecido no município, no estado e no Brasil. O pré-candidato admite que será uma campanha dfícil nesta eleição municipal, mas acredita no "sonho da vitória", como qualquer ser humano. No momento, descarta qualquer tipo de coligação com outros partidos de Batatais, e pede o apoio da população, principalmente dos eleitores, para alcançar seu objetivo, que é chegar na cadeira de prefeito e eleger vereadores.

TRIBUNA - Como estão os preparativos para as eleições 2008?
SÉRGIO RAYMUNDO - Sou pré-candidato a prefeito pelo meu partido junto com meu pré-candidato a vice-prefeito, Marco Antônio Pimenta Pires. Isto já está praticamente acertado, pois existe uma Lei eleitoral que temos que seguir e nada está totalmente definido ainda. Temos que colocar sob apreciação dos filiados do PSTU, e tudo será decidido na convenção que, provavelmente, será no final de junho, quando também acertaremos a proporcional, que deveremos entrar nesta eleição com um maior número de candidatos a vereador do que na eleição passada.Temos 45 filiados que apóiam a minha candidatura e a de Marco Pimenta. O PSTU é praticamente formado por jovens estudantes. Para eles, é como um aprendizado poderem acompanhar o dia-a-dia da política local e, possivelmente, nas próximas eleições estarão mais engajados, aumentando ainda mais o nosso número de filiados.

TRIBUNA - Em 2004 o senhor disputou a eleição a prefeito com um outro companheiro como vice-prefeito, quantos votos o PSTU teve naquela ocasião?
SÉRGIO RAYMUNDO - Se me recordo bem, foram 201 votos que tive na eleição de prefeito. Saímos na disputa com dois vereadores. Nesta próxima eleição pretendemos sair com pelo menos cinco candidatos a vereadores para melhorar a nossa condição para disputar a proporcional de maneira que possamos ter mais votos. Entre os nossos candidatos a vereador, teremos o Jairo Pupin ex-PDT.

TRIBUNA - Como o PSTU pretende trabalhar na campanha para atrair mais eleitores?
SÉRGIO RAYMUNDO - Pretendemos trabalhar a linha do PSTU nacional, que tem o objetivo de mobilizar a população, e principalmente os estudantes, pois queremos melhorar a situação do nosso país. Será a linha semelhante que usamos na campanha da eleição de 2004, porém um pouco mais retraída, buscando atingir mais o eleitorado. Em 2004 fizemos algumas denúncias, porém com fundamentos, não sendo nenhuma denúncia vazia, como alguns processos que estão tramitando na justiça até hoje contra o atual prefeito que o pré-candidato do PPS, Raul Vicentini, vem proferindo em suas entrevistas na imprensa local. A idéia é seguir esse rumo, mostrando para a população o que é certo e o que é errado.

TRIBUNA - O senhor tem um plano de governo para Batatais? O PSTU vai trabalhar na campanha eleitoral com propostas e projetos para o município?
SÉRGIO RAYMUNDO - A nossa proposta é direcionada à população. A nossa idéia é fortalecer os centros comunitários. Essa é a base do nosso projeto de prefeitura, de governo. Nada melhor do que um centro comunitário para informar sobre as necessidades dos moradores e do próprio bairro. Funcionariam como sub-prefeituras, administradas pela própria comunidade, onde seriam nomeados presidentes e vices. Em conjunto com estes setores da sociedade, buscaríamos atender as principais necessidades. Falar em projeto é muito fácil. Todo político fala em muitos e não vemos isso na prática. A idéias do PSTU é que a comunidade participe da administração municipal com os centros comunitários.

TRIBUNA - Não seria um tipo de "governo participativo", ou "intinerante", como o Partido dos Trabalhadores tentou instituir em Batatais no governo Fernando Ferreira?
SÉRGIO RAYMUNDO - Não. O governo do PT era de cunho participativo. A nossa idéia é também de governo participativo sim, porém com mais delegação de poderes e funções, com mais poderes para os centros comunitários e para a população. Não seria simplesmente participar das reuniões, falar e acertar posições e depois nada seria cumprido. A nossa idéia é que, cada bairro tem seu centro comunitário, e cada região tem o seu problema de estrutura, segurança, educação e saúde. Cada um tem sua dificuldade nessas áreas. A prefeitura realizaria reuniões com cada bairro separadamente, buscando atender as necessidades de cada um. Não é como o "governo participativo" onde todo mundo participa e quem tem a necessidade, que seria o beneficiado, não participa. A nossa idéia é levar as reuniões a esses bairros, fazendo com que a comunidade participe e busque idéias e projetos para melhorar nossa cidade.

TRIBUNA - Qual a sua profissão? O senhor já ocupou algum cargo público?
SÉRGIO RAYMUNDO - Sou operador de telemarketing. Trabalho no ramo de produtos veterinários. Nunca ocupei um cargo público. Já fui estagiário na Secretaria da Fazenda de Estado, que era uma divisão seccional de despesas. Neste local saia a folha de pagamento de todo o Estado de São Paulo, da região de Ribeirão Preto. Sou formado no curso técnico de contabilidade e gerenciei algumas redes de lojas pelo Brasil.

TRIBUNA - O senhor se sente preparado para ser prefeito de Batatais?
SÉRGIO RAYMUNDO - Com certeza. Até porque, é como eu disse antes, a idéia do nosso partido é fazer um governo da população. Nada melhor do que a população para ajudar o prefeito a governar. Seria um governo do povo, não ditado por um prefeito.

TRIBUNA - O senhor chegou a pensar em seguir uma trajetória política, saindo primeiro candidato a vereador, passando pela Câmara Municipal para depois disputar a eleição como prefeito?
SÉRGIO RAYMUNDO - Na eleição passada, em uma entrevista, já respondi uma pergunta semelhante. Quando sai candidato a prefeito pela primeira vez o PSTU queria se mostrar no cenário nacional, mostrando que está atuante, buscando um ideal social. Naquela ocasião o diretorio nacional manifestou que queria que todas as cidades que possuíam diretórios ou comissões provisórias do PSTU lançassem a majoritária e na proporcional. Me senti na obrigação de ser candidato a prefeito devido a isso. O PSTU é de 1994 e é reconhecido no Brasil. Na época utilizávamos alguns jargões como "contra burguês vote dezesseis", mas quem assistiu a propaganda política do partido recentemente observou que mudou, se mostrando mais estruturado. O nosso objetivo na eleição de 2004 foi mostrar para a população que havia mais uma opção, que não era só a direita que disputa eleições. Estávamos ali para mostrar o lado social, a esquerda, a nossa ideologia. Isso nós conseguimos. Na seqüência da questão, na eleição passada a minha vontade era ser candidato a vereador, mas não foi possível, pois teria que sair uma chapa para disputar a majoritária. Nas reuniões ficou decidido que eu seria candidato. Tivemos dificuldade de encontrar um candidato a vice para me acompanhar e conseguimos. Um jovem se manifestou favorável e fechamos com ele.

TRIBUNA - Existe a possibilidade do PSTU se coligar a algum partido nestas eleições?
SÉRGIO RAYMUNDO - O PSTU tem alguns vínculos da eleição de 2006 com o PSOL e com o PCB. Infelizmente, Batatais não possui o PSOL e o PCB me parece que está inativo. De início, seria apenas esses dois partidos que o nosso partido seria favorável a se coligar. No momento, mais nenhum outro. Essa é uma discussão nacional e a gente acompanha o que é feito nacionalmente.

TRIBUNA - O senhor acredita em uma votação expressiva que lhe eleja prefeito de Batatais na eleição municipal de outubro?
SÉRGIO RAYMUNDO - É lógico que quando entramos em uma disputa eleitoral, temos um sonho e é sempre de vencer. Ninguém entra apenas por disputar. Lógico que temos consciência que é difícil ainda. Me considero uma pessoa jovem, com 40 anos de idade, acredito que futuramente estarei me aperfeiçoando, melhorando as condições do nosso partido, da política, para disputarmos uma eleição de igual para igual. Temos conciência e sonhos como qualquer pessoa. Estamos aqui para continuarmos mostrando o partido e melhorando, buscando fazer uma oposição. Não temos nada contra o atual governo. Não temos brigas pessoais. Muitas pessoas acham que fazemos picuinhas pessoais, e não existe isso. Queremos melhorar as condições da cidade e da população, da classe mais humilde.

TRIBUNA - Tem algo que o senhor queira falar para encerrarmos?
SÉRGIO RAYMUNDO - Agradeço a oportunidade e pelo espaço concedido pela Tribuna de Batatais de podermos falar um pouquinho do nosso partido. Quero dizer a população que o PSTU é um partido muito ligado ao social, não temos nenhum tipo de preconceito contra afrodescendentes, índios, homossexuais. Buscamos os caminhos junto aos estudandes e trabalhadores, à classe social mais humilde. Quero que as pessoas se sintam a vontade para contribuir com a gente com idéias para fortalecermos o partido. Também quero deixar claro que não somos contra a administração pública atual. Estamos aqui para mostrar o que pensamos e qual o melhor caminho a ser seguido. Com referência a eleição passada, não existia nada pessoal contra os outros candidatos, e nem ligações com outros partidos. O PSTU é independente. Naquela ocasião, muito foi se falado que estávamos engajados com outros partidos. Isso nunca existiu. Somos um partido humilde, com poucos recursos e não temos campanhas grandiosas em Batatais, nem em nenhum outro lugar. Somo um partido de militância. Levantamos a bandeira das lutas sociais. Não perseguimos ninguém, apenas temos a bandeira de luta em favor dos humildes, dos estudantes e trabalhadores. Convido a população que quiser fazer parte do PSTU, que estiver interessada em fazer parte, é só me procurar, me ligando no telefone (16) 8135-2934. O site do PSTU é www.pstu.org.br Peço para a população acessar a nossa página para conhecer um pouco da nossa luta e nossas idéias sociais.
Entrevista concedida ao jornal A Tribuna de Batatais - Editor: Dagmar Moura - Edição 1405 - Página 3 - Batatais, 05 de abril de 2008 - Reportagem de Vergílio Oliveira. 

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